quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Origem do blog

 Já alguma vez alguém pensou quais os objectivos de nascer, viver e morrer?

Penso que toda a gente pensa nisso.

Pois bem, apesar de eu não ser ninguém grande vou contar-vos uma Grande história onde coabitarão o nosso mundo real e um mundo paralelo cheio de criaturas e seres prontos a ser descobertos por rapaz chamado Igo, que porventura nos ajudará a pensar no nosso mundo de uma perspectiva diferente.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Equilibrium

                                                 


                                       Equilibrium: Os Pacificadores do Além 
                                         


 

                                                                        Prólogo  





Começando pelo Princípio. Contar-vos-ei uma história completamente surpreendente. História esta, que me parece deveras interessante e curiosa.  Levar-vos-ei a pensar sobre ideias e coisas que se calhar ainda não tiveram oportunidade de pensar. Começo assim já, neste preciso momento com estas seguintes dez questões iniciais: 

Não habitaremos nós num Universo infinito comandado por UMA AUTORIDADE SUPERIOR e ETERNA?

Não será o planeta Terra e todos os astros criação DESSA AUTORIDADE ETERNA pelo simples facto DESTA ser ETERNA e aqueles astros não?

Não será A AUTORIDADE ETERNA a única nesta existência?

Fará sentido que A AUTORIDADE seja boa ou má?

Não será o Universo constituído por matéria onde nada se perde tudo se transforma?

Não será a AUTORIDADE UMA Equilibradora das energias que flutuam no universo sobre várias dimensões e prismas com o intuito de na sua perfeição manter todo o universo alinhavado e equilibrado, no confronto de energias, entre as quais poderemos encontrar os actos do bem e os do mal?

Não será o universo equiparável a uma linha contínua onde será necessário contrabalançar energias positivas e negativas para se alcançar o equilíbrio no seio daquele?

Será A AUTORIDADE passível de tomar actos positivos ou negativos quando NELA habita o equilíbrio e por esta via a Perfeição?

Se a resposta for Não, então quem será?

Não será o Homem capaz disso por nele habitar uma das mais perfeitas formas de consciência de entre todos os seres conhecidos, através da qual pode criar o bem e o mal de livre vontade?

É com base em questões como estas que se desenvolverá a nossa história fantástica!    





                                                                         Capítulo I 

                                                                      A Aparição do Daemon  






  Numa noite gélida, escura e inquietante, um rapaz de nome Marco Guerreiro, pensava, nos meandros do seu quarto, recostado na cama com a nuca apoiada nos braços, na decisão que havia tomado. Pensando no quão a sua decisão era definitiva e extrema, adormeceu. 

Acorda às quatro e cinco de madrugada e a correr, dirige-se ao ponto de encontro e alcançando-o exclama:

- Como é que é? Ta tudo pronto?  

 Um amigo de infância de nome Pedro responde:   

- Bora lá despachar isto! – Enquanto agarrava nos sacos onde no interior trinquitavam sons de metais frios e secos a chocarem entre si e se dirigia para um jipe com a matrícula MF-32-53-22.

- Entra aí! – Ordena Pedro. No espaço de trinta e quatro minutos alcançam o destino.

Saltam do jipe e já com capuzes na cabeça correm para a entrada de uma farmácia, entram e gritam:

-QUIETOS! NÃO FAÇAM NADA E NÃO SOFREM... – enquanto dizem isto, se encontrando um cliente e o farmacêutico no estabelecimento.

- Põe todo o dinheiro aqui! – Exclama Marco apresentando o saco e apontando um revólver à cabeça do farmacêutico enquanto, nervoso, transpira suor de incerteza.

O farmacêutico apressa-se a seguir as ordens dos ladrões, enchendo o saco com os quatrocentos e quarenta e cinco euros que não tinham sido dali transportados no dia anterior (rotina que era aliás do conhecimento dos ladrões), enquanto, observando atentamente e imóvel se encontra o único cliente como que calculando o desfecho da situação e se esforçando por memorizar a face de cada um dos ladrões que se encontrava parcialmente coberta pelos capuzes de camisola que ambos ostentavam agressivamente.

Saem do estabelecimento após a perpetração de tal crime e entrando no jipe, engatam a primeira mudança e aceleram dali para fora gritando em tom convencido e triunfante:

 - Mais um ah ah ah ah ah!! – Dentro do estabelecimento se dirigindo o cliente para o farmacêutico, este descontrolado e em estado de choque, sentado e encostado à parede, aquele conforta:

- Não se preocupe… tente esquecer o sucedido… não terá razões para o recordar. – Diz o cliente numa voz calma e pacífica pondo uma nota de cinco euros sobre o balcão pela sua compra de um frasco de calmantes e sai da loja ostentando a sua gabardine preta de gola alta, bicuda, e colocando o gorro que tinha na sua posse, sai, fechando a porta da farmácia nocturna enquanto se ouvem as sirenes dos carros da polícia ao longe. 


Dois dias depois, numa daquelas noites calmas e negras… esta no entanto, algo inquietante… Marco adormece calmamente, mas segundo eu… não devia…

- Tac… - Tac, tac… - Ah… QUE É ISTO?!! – Replica Marco, acordando arrelampado e quase que sofrendo um AVC no seu quarto escuro.

- Tac… - novamente… - Já me estou a PASSAAR…! - Ameaça Marco correndo direito á janela com o intuito de desfazer a criatura-alvo propiciadora da infeliz ideia de ressuscitar aquele homem violento do seu descanso profundo.

- Tás feito…  tchic tchac… - Replica Marco abrindo a janela com toda a força. - PAAAASHH….!!! QUÉ que?!!!…  – Levando Marco uma pancada na cara que o projecta para o interior do quarto.

- Eish… mas O QUE É ISTO?!!! – Mais uma vez gritando compulsivamente …


Observa melhor aquele lugar assustador que é o seu quarto para descobrir afinal o que o tinha atingido… de repente, da sombra, aparece uma figura negra e inquietante…

- AAAAaaahhhh! – Grita Marco desejando não ter nascido após ver aquela figura aterradora, preta como breu, de olhos brancos, brilhantes, penetrantes, que possivelmente lhe iriam sugar toda a réstia de vida que nele habitava…  Sente uma picada aguda na nuca… E num som quase impossível… O MONSTRO FALA:

- EQUILIBRIUM UNIVERSAL!!   QUE EU SEJA CUMPRIDOR DA TUA MISSÃO! – Anuncia o monstro em tom triunfante, como se estivesse a apresentar-se a Marco.

- TENHO UMA QUESTÃO A FAZER-TE…- Comunica o monstro ao ladrão.

- ONDE ESTÁ O DINHEIRO DO ASSALTO? – Pergunta o monstro.

- Ohoh diinheeiiro…o…!! Leva-oh…oh… está ali no cofre… leva-o… leva-o POR FAVOR!! – Suplica Marco nervosíssimo e quase histérico.

- TRATA DE MUDAR DE VIDA SE NÃO QUERES QUE EU VOLTE!!!!!......!!! VUSSHhhhh…


Desapareceu sem deixar rasto sob uma nuvem de névoa negra e algo sufocante…

Aqui, neste preciso momento, Marco soube.  Soube que aquilo que a sua mente acabara de captar, não é certo, nem possível, à luz da razão humana, sentado no chão do canto mais escuro do seu quarto, onde permanece por pelo menos mais dez minutos, inerte e imóvel. 

Na manhã seguinte àquela fatídica noite, aparece um maço de notas, envolto em papel de jornal, à entrada da farmácia…





                                                                 -----------------------------                  






                                                                         Capítulo II 

                                                                           O fenómeno    






- Tii…tii…tii…tii…! - Toca o despertador de Igo.  


Perguntar-me-ão quem é Igo.

Igo James Hétrofe é um rapaz estranho.

No entanto, estranho para alguns pode não significar estranheza para outros, tal como tudo, tudo é relativo e depende sempre da perspectiva do lugar de onde se observe.

Mas mais uma vez digo:  Igo é um rapaz estranho…  No entanto… não será porventura o único…


Hoje Igo tem aulas. É um rapaz tímido, relativamente baixo, moreno, cabelo preto, apresenta sempre uma pequena amostra de barba, ainda adolescente, é doido por BD e tem um gato branco de nome kiko, animal que não deixa em caso algum sair à rua. Frequenta o curso de Mestrado de Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e tem 22 anos feitos no dia 24 de Dezembro. Vive sozinho num apartamento naquela cidade e trabalha em part-time num restaurante típico para pagar a renda do apartamento ao seu senhorio, Sr. Manuel de Vasconcelos Arriaga, senhor resmungão, intrometido e sarcástico até dizer mais não.


Enquanto se dirige para a faculdade, em passo apressado por conta do seu atraso para as aulas, após um lanche algo substancial, (constituído essencialmente por proteínas e alguns, poucos, hidratos de carbono, medidos quase à lupa, costume que lhe era inerente) sente um latido na testa e com a visão nublada teme e procura controlar o seu corpo, o que não consegue, e de vergonha, lança-se para trás de um lancil de escadas de um prédio mesmo ao seu lado e sem sentir algo que seja, apaga-se como se tivesse instantaneamente adormecido, algo completamente contra-natura. 


Cabe referir o facto de que esta não é a primeira vez que algo similar lhe sucede. No entanto, desta vez, não se trata do mesmo fenómeno.

Acorda devagar, pisca os olhos, foca a imagem com o olhar e respiiiiiira fundo.


- Onde estou EU??!! – Olhando em frente e girando a sua cabeça cento e oitenta graus observa embasbacado a imagem de beleza luxuriante e pitoresca de toda aquela envolvência verdejante e impossível num lugar como o planeta Terra onde actualmente existem tantos problemas ambientais derivados de todo o progresso egoísta que aquele sente a cada dia que passa, onde não há lugar a arrependimentos regressores e respeitadores da Mãe que os acolheu.

Continua a observar, perplexo. E por entre montanhas altíssimas até perder de vista, aquele céu alaranjado da cor de uma laranja suculenta e coberto de linhas que mais parecem rastos esfumados de aeroplanos e árvores que mais parecem braços da própria terra, cobertas de musgo com capacidade para acolher, no mínimo, um cão grande por entre o seu emaranhado verde-escuro acastanhado de ramificação… 

Levanta-se do chão, estarrecido e impludente de espanto, e num ápice, questiona:


- Como é que é possível eu estar lá e pestanejando aparecer numa terra como esta??? – Sentando-se num socalco de chão ali ao lado, pondera…

- Não desmaiei… as pessoas quando desmaiam, apagam e não têm qualquer tipo de possibilidade de desenvolver um qualquer tipo de raciocínio… não é um sonho, porque eu nem sequer estava a dormir… qual a possibilidade de desaparecer num sitio e aparecer NOUTRO?! Só pode ter acontecido uma coisa…     - MORRI!!   e encontro-me no paraíso!!! – Constata Igo, estupefacto pela forma de como tudo aconteceu e também por psicologicamente ter o choque de conhecer o paraíso, local sobre o qual muitos dariam tudo para saber como é.


No entanto Igo está enganado. Este local não é o paraíso. Tal local porventura nem sequer existirá. A parte boa no entanto, é que, se assim é, então, também o inferno como local tampouco terá existência.

Após uma prolongada observação daquele espectáculo INCÁLCULAVEL e IMENSO, de cortar a respiração, à faca cortante e de que maneira! Sucede…


- Aaaah O que é isto??! – Pulando do socalco onde está sentado ao aperceber-se de um pequeno animal parecido com um esquilo mas com GARRAS do tamanho de SABES DE SAMURAI!!

- Chiça!!! Mas onde estou eu afinal?! CREEDO!!! – Questionando novamente, apercebendo-se então, que ali perto, abaixo do sítio onde se sentou, existe uma espécie de caminho rural que toma direcção para Este.

Curioso, mas receando não ter forma de escapar daquele mundo, que apesar de maravilhoso e fantástico, não é o seu. Põe-se a caminho, correndo, cauteloso e receoso do que o esperará…

Ao seguir por entre o trecho de caminho, nota como aquele lugar tem um ar algo pesado e quente, muito mais quente que o lugar onde se encontrava antes de fechar os olhos inadvertidamente. 


Anda… anda…. e anda… e após quase esmorecer de cansaço e stress por caminhar sem saber o que poderá estar atrás de cada pedra, cada arbusto, cada fungo, alcança com a sua visão turva e disfuncional uma espécie de cabana algo esquecida e tenebrosa.

De repente a terra… a terra SACODE-O COM TODA A FORÇA! Treme e como que num terramoto, de repente sente, ao longe, uma violentíssima EXPLOSÃO!!

Não percebe o que seja… só quer estar noutro lugar longe dali… transpira suor por todos os poros… de olhar embasbacado, observa… escuta… sente… mas mais nada acontece…


Corre… corre… muito e depressa, como nunca! E ao subir a encosta inclinada alcança a cabana que, neste preciso momento, lhe parece a única bóia de salvação possível naquele mundo de loucos.

Salta e arromba a porta como um bombeiro num incêndio, entra e observando a imagem que se lhe apresenta o seu coração petrifica!…


- Qu… QUE!!! – Pisca os olhos, e acorda num lancil de escadas deitado no chão…

- Mas o que??   OUTRA VEZ?? – Com as mãos na cabeça e os cotovelos apoiados nos joelhos, transpirando suor de espanto e medo ergue-se e exclama:

- Vou mas é sair daqui! Este lugar não é normal! CHIÇA!! – Corre, corre novamente para casa, esquecendo-se até da sua mochila que abandonara aquando do incidente, antes sequer, de alcançar a sua faculdade metros mais adiante naquela avenida.


Igo não sabe, mas acabou de ter uma experiência anormal, no entanto, não totalmente isolada em toda a história humana. 


Horas mais tarde…


- Deeeeeeeenngg! Deeeeenng! – Toca a campainha da entrada da casa de Igo levando-o a contestar:

- Mas quem é agora?! Hoje estou num dia-Não com certeza…

- Deeeeeeeeeeeeeeeennnggh!... – Novamente.

- Já VOU!! Que stress meu… - Abre a porta e dá de caras com o seu velho amigo e colega de faculdade André Filipe de Velosa.

- Então meu? Como é? Tava a ver que não abrias!! – Replicou André.

- És tu… desculpa meu… é que… hoje não me sinto nos meus melhores dias ok?

- Então porquê? Que é isso? Venho fazer-te um convite…

- Convites? Para hoje já tive surpresas suficientes…

- A sério… Vamos com o resto da malta dar uma coça futebolística aos gajos de Direito amanha à tarde? Não te esqueceste do resultado da última vez pois não?

- Não sei… têm-me dado umas coisas estranhas enquanto corro na rua… - Diz Igo timidamente, enquanto esconde umas escoriações que acabou de encontrar na sua mão esquerda, e que se deram aquando da sua fatídica entrada abrupta naquela cabana estranha e sita num mundo no mínimo medonho…

- Que coisas? Tens tanto cuidado com a alimentação! E não te podes esquecer do desporto… ainda por cima Futebol meu! Bora…

- Depois mando-te uma SMS (mensagem de texto) a confirmar…

- Ok então… bem, tenho de ir… só vim mesmo para te dizer isso. Então Porta-te bem. Até amanha…

- Annh… sim.. ok, até amanha. – Fala Igo virando costas e fazendo uma cara de dor ao sentir o suor que se cria por cima das suas feridas.

Após colocar um produto desinfectante nas escoriações e se recompor com duas fatias de pizza de anteontem, que tinha no seu frigorífico praticamente vazio, encosta-se na sua cama.  Adormece… 


Racionalmente não será possível explicar o que aconteceu a Igo.
 Digo racionalmente, porque a razão é algo intrinsecamente humano, e tudo o que é humano, é limitado. Mas Igo apreenderá com a sua razão, coisas, coisas que são vedadas á maioria dos seres.


- Onde estou? Eu adormeci não foi? Só posso estar a sonhar desta vez… de certeza… ou será que não?! – Levantando-se de algo que parece uma cama de folhagem seca, exclama novamente:

– Mas isto agora passa o dia a acontecer-me? Até para o sono me PERSEGUE??! – Replica Igo não aguentando mais esta incerteza de não saber o que lhe está a acontecer…

- Não estarei eu na cabana de ontem?   Parece que SIM!!


- AAAAAIIIIIIIIIIIIIIIIH   EEEEQUIIIILIIIIBRRRRRAAAADOOOORRR!!! – Exclama uma bruxa medonha tão coberta de musgo verde que mais parecia um presépio dos infernos, aparecendo por detrás de Igo sem que ele antes desse por isso…

- AAAAAAHHHHH!!!! Quem é VOCÊ???! – Pergunta Igo.

- EQUILIBRADOR tu és… Equilibrador… sim… tu és… - Responde a criatura, cambaleando como um pirata ágil e abrindo absurdamente o seu olho esquerdo de Curiosidade, dirige-se para Igo.

- Não SE aproxime… - contesta ele.

- Não tenhas tu medo… não… muito velha eu sou para fazer-te mal algum…

- Você vive aqui?? – Interroga Igo.

- Aqui NINGUÉM vive… além-do-mundo isto é… todos aqui presos estamos… - Responde a senhora com ar alegre e maquiavélico…

- Presos como?? Eu estou aqui PRESO?! IMPOSSÍVEL!!! – Reclama Igo batendo com ambas as mãos numa pequena trave que aquela pequena barraca tem com o objectivo de apoiar o toldo de folhagem e paus secos, húmidos.

- Tu não… tu preso… não estás…

- Então mas ainda agora disse que… - O ÚNICO tu és… que preso não estás… - Explica a senhora pousando a ave-canora que trazia emaranhada na raiz que porventura será uma mão sua e desviando as ervas que pendiam sobre os seus olhos, com muitos, muitos anos de existência, sorri levemente e abrindo um pequeno caldeirão pede calmamente:

- Senta rapaz…  Igo senta-se num pequeno tronco em forma de banco, duro e instável e com esperança, espera…

- Chá de lodo? – Pergunta a misteriosa e aparentemente afável mulher.

- Que… não!… muito obrigado madame…

- Eu contar-te uma história vou…  



                                                          Uma vez um mundo era… 

                                                         Cheio de criaturas e seres

                                                         Uns bons, Maus outros…

                                                         Desequilíbrio ao Universo traziam…

                                                         Sem preocupações, Com egoísmo

                                                         Perguntou A AUTORIDADE o que fazer… 

                                                        Com o Desequilíbrio  ela não podia… 

                                                        Então…

                                                        Ela os EQUILIBRADORES criou… 

                                                        E mais segurança ao Universo trariam…   



- Que quer dizer com isso a final? O que é um Equilibrador? – Questionou zangado Igo.

- Tu ÉS…  - Eu sou o quê??

- Se mais saber queres, ao covão de Almicazair deves ir, e perguntar deves… Tu quem és?… - Disse a senhora, misteriosa. E antes que Igo pudesse responder… 


- AAAAAAAAIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIHHHHHHHHHHHOOOOOOOOOOHHHHHH CRUNCH CRUNCH CRUNCH CRUNCH CRUNCH CRUNCH CRUNCH CRUNCH CRUNCH……………………. – A pequena senhora com um grito estremecedor e petrificador até, da própria alma, tinha acabado de se transformar num MONSTRO que freneticamente começou a devorar toda a sua própria casa de entulho húmido e com cheiro a fungos em pura putrefacção.


- AAAAaahh!!! – Gritou Igo enquanto corria e saltava, mais ainda até, do que saltou para entrar na cabana pela primeira vez. 

Igo correu dali para fora como se fugisse de uma bomba de glutonisse em ebulição extrema.   

Correu quase uma hora, por entre arbustos e silvado após silvado, e prostrado sobre uma árvore anã, pensava se possivelmente encontrar o tal Almicazair não seria a sua única hipótese de se voltar a dissipar daquele mundo do além, onde desejava nunca ter estado, estar ou vir a estar nunca mais.     



                                                                                                                                            (Continua)